quarta-feira, 17 de novembro de 2010

10 Mitos


Água de coco é um santo remédio. (MITO)
Apesar de ser indicada para pessoas desidratadas, ela também apresenta contra-indicações. Deve ser usada com moderação por hipertensos porque tem muito sódio. Diabéticos também precisam ficar atentos devido à quantidade de carboidratos. Segundo a endocrinologista Rosemary Marlière Létti, 250 mililitros (copa grande) de água de coco apresenta 10 gramas de carboidratos e 60 miligramas de sódio. 

O espinafre é uma das melhores fontes de ferro para o organismo humano.(MITO)
Especialistas em nutrição afirmam: Popeye estava redondamente enganado. Espinafre não é rico em ferro. Apesar de cada 100g dessa verdura conter 3,8mg do nutriente, o ferro do espinafre é considerado um ferro-não-disponível para a absorção do organismo humano. Isso acontece porque o espinafre contém uma substância conhecida por ácido fítico - que impede o corpo de aproveitar o ferro ingerido. Portanto, se quiser aumentar a ingestão diária de ferro nas refeições, dê preferência ao consumo de outras folhas verdes, como alface, agrião e couve, feijão ou de carnes em geral. ''O agrião, por exemplo, é muito rico em ferro. Cada 100g desse alimento possui 2,60mg do mineral'', afirma a nutricionista da Gerência de Nutrição da SS/DF, Maria José Tancredi. O consumo de vitamina C nas refeições em que fontes de ferro são ingeridas facilita a absorção do mineral pelo organismo humano.

Alimentos integrais, como arroz e pão, têm menos calorias que os normais.(MITO)
Esse é um dos principais pecados das pessoas que querem emagrecer e apelam para os alimentos de grãos integrais. Rosemary Marlière Létti, especialista em obesidade, explica que eles são mais saudáveis por serem ricos em fibras, mas quem está de dieta deve consumir esses alimentos com moderação. Exemplo: uma fatia de pão de forma comum possui 74 calorias, e o integral, 100 calorias. 

Um copo de bebida alcoólica ajuda a combater a ressaca. (MITO)
Esse é o pior remédio para combater os efeitos da bebedeira da noite anterior. Como o álcool retira água das células, beber um copo de bebida alcoólica só vai agravar o mal-estar. O gastroenterologista Flávio Ejima ensina que a ressaca deve ser combatida com o consumo de líquidos (água e sucos) em grande quantidade e alimentos leves. Os líquidos são importantes para eliminar a desidratação. Comer também alivia a ressaca. A comida é fundamental para repor os sais perdidos durante a embriaguez, principalmente depois dos freqüentes enjôos e vômitos do dia após o porre.

O estresse é sempre ruim. (MITO)
O estresse atua como fator de crescimento pessoal e de proteção. O ser humano tem necessidade de angústia para chegar ao crescimento. Quem não sofre qualquer pressão para crescer na vida, provavelmente irá produzir menos.''O estresse pode ser motivacional'', atesta o presidente da Associação de Psiquiatria de Brasília, Antônio Geraldo. Um nível baixo de estresse é necessário também para que a pessoa saiba se safar em situações de perigo e risco. Especialistas explicam que o estresse é ruim quando ultrapassa o nível de bem-estar humano. A pessoa passa a se sentir cansada, irritada, impaciente e pode passar a apresentar sintomas físicos como gastrite, constipação intestinal ou dores variadas.

Leite combate gastrite. (MITO)
Uma antiga prática médica que foi derrubada pelos avanços da medicina. Segundo Flávio Ejima, a ingestão de leite foi usada por vários anos como tratamento de doenças pépticas, mas não deve ser ingerido como medicamento. O leite aumenta a secreção ácida devido ao seu alto teor de cálcio. O tratamento de gastrite deve ser realizado com medicações depois de avaliação médica.

Margarina é melhor do que manteiga. (MITO)
A manteiga, por ser derivada do leite de vaca, é considerada uma fonte muito rica de gorduras saturadas - que foram consideradas componentes que contribuem para o surgimento de doenças cardiovasculares. A indústria, então, começou a modificar a composição química e estrutural das gorduras, por meio da hidrogenação das moléculas do óleo vegetal. Assim, chegaram à margarina, que tem consistência semelhante à da manteiga. Anos mais tarde, no entanto, pesquisas revelaram que as modificações feitas no ácidos graxos (conhecidas por cis-trans) também estão associadas às doenças cardiovasculares. ''O ácido graxo modificado tem comportamento metabólico semelhante ao das gorduras saturadas'', explica a professora titular de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB). Portanto, margarina não baixa colesterol. ''O importante é diminuir a quantidade de ambas nas refeições.''



Chupetas e mamadeiras fazem bem à saúde do bebê. (MITO)
Uma medida prática para os pais, mas que não traz nenhum benefício aos filhos. A pediatra Sônia Salviano, coordenadora do Banco de Leite Materno do Hospital Regional de Taguatinga, explica que os bicos das chupetas e mamadeiras dificultam a amamentação, pois o bebê perde a sua capacidade de sucção do peito. Também causa má formação dos dentes, problemas de fala e até cáries. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, analisou as chupetas de 30 crianças: todas estavam contaminadas.

Antidepressivos causam dependência. (MITO)
Para a raiva e fúria dos psiquiatras, muitos pensam que os antidepressivos causam dependência em seus usuários. Errado! Não existem remédios contra a depressão que sejam de tarja preta (a que distingue os medicamentos que podem causar dependência). O que acontece é um mau uso do termo ''antidepressivo''. Alguns remédios de tarja preta - como os ansiolíticos e os benzodiazepínicos - usados para combater quadros de ansiedade aguda, são erradamente chamados de antidepressivos. ''O uso inadequado do nome gera má fama desses medicamentos'', explica o presidente da Associação de Psiquiatria de Brasília, Antônio Geraldo. Ele diz que essa reputação costuma atrapalhar o tratamento de muitas pessoas, pois elas têm medo de ficar viciadas no remédio.

Ovo aumenta o colesterol. (MITO)
Desde a descoberta do colesterol, o ovo passou a ser considerado um vilão pois contém mais de 200 mg de colesterol em cada gema (dois terços da ingestão diária recomendada). Porém, estudos apresentados no guia de alimentação da Escola Médica de Harvard comprovaram que acrescentar mais 200 mg de colesterol por dia à alimentação eleva apenas ligeiramente os níveis de colesterol sangüíneo. ''Proibir o ovo não é adequado'', afirma a professora titular de nutrição da Universidade de Brasília (UnB), Tereza Helena da Costa. ''O que precisa é controlar a quantidade consumida.'' Os ovos são pobres em gorduras saturadas (as que fazem mal ao organismo), mas são ricos em outros nutrientes benéficos como proteínas, gorduras polinsaturadas (boas para o organismo humano), ácido fólico e outras vitaminas do complexo B. Além disso, as pessoas reagem de maneiras diferentes ao colesterol em sua alimentação. Algumas transformam o colesterol dos alimentos direto em colesterol sangüíneo, outras podem ingerir e digerir o colesterol sem que isso cause grandes mudanças no sangue.



Fonte: Correio Braziliense

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